Amanhã, mais do que celebrar a subida de Daniel Chapo à Presidência da República, o fundamental será celebrar a queda de Filipe Nyusi do poder, entende o Director do Centro para Democracia e Diretos Humanos (CDD).
“Penso que os moçambicanos devem celebrar esta questão da saída do Nyusi, para podermos nos reorganizar e organizar o país” disse, o activista social.
Segundo Adriano Nuvunga, durante os dez anos de governação de Filipe Nyusi, Moçambique retrocedeu no caminho de objectivos de desenvolvimento.
Os anos governativos de Nyusi, recordou Nuvunga, foram marcados por assassinatos e eleições fraudulentas.
“Tivemos dez anos de assassinatos de defensores dos direitos humanos, de ataques aos intelectuais públicos, da mais rasteira governação desde que há memória no nosso país” notou.
Num passado recente, houve rumores de que Filipe Nyusi preparava condições para prolongar a sua estadia na Presidência da República. Isso passaria por declarar Estado de Sítio em decorrência de uma possível escalada do terrorismo na província de Cabo Delgado ou, nos últimos tempos, das manifestações pós-eleitorais, marcadas pela morte de centenas de civis. Entretanto, ele próprio, disse, numa reunião do Comité Central da Frelimo, após a escolha de Daniel Chapo para candidato às eleições presidenciais, que assim acabavam as especulações sobre um terceiro mandato.
A investidura de Daniel Chapo como o próximo Presidente da República de Moçambique está agendada para quarta-feira, dia 15.
“Então, é importante que estejamos unidos para celebrar a saída do Nyusi do poder” disse.
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