Moçambique defende reforma do Conselho de Segurança da ONU

Moçambique defende reforma do Conselho de Segurança da ONU

Moçambique defende a reforma urgente do Conselho de Segurança das Nações Unidas para adequar as suas políticas de actuação internacional aos dias actuais, segundo o Embaixador de Moçambique naquela organização, Pedro Comissário.

“Nós fomos dos primeiros, logo após a nossa eleição ao Conselho de Segurança, a defender, muito enfaticamente, a necessidade da reforma do Conselho de Segurança. Na verdade este é um tópico que entra nas prioridades de Moçambique no Conselho de Segurança: a reforma das Nações Unidas e o Reforço do multilateralismo”, revelou.

Em entrevista hoje à Rádio Moçambique, o Comissário referiu que o formato em vigência do Conselho de Segurança está obsoleto, ou seja, não atende às necessidades actuais.

“Consideramos que o formato actual do Conselho de Segurança responde mais pela situação internacional dos anos 40, quando a organização foi fundada, do que ao momento actual. E estamos a encontrar cada vez mais aceitação ao princípio de que as Nações Unidas e o Conselho de Segurança, em particular, devem ser reformadas. O problema maior é como operacionalizar essa reforma. Mas há cada vez maior consenso sobre a necessidade de se reformar o Conselho de Segurança”, avançou.

Moçambique foi eleito pela primeira vez e por unanimidade para o Conselho de Segurança das Nações Unidas em 9 de Junho de 2022. O país assumiu a presidência rotativa em 1 de Março de 2023. Pedro Comissário falava àquela estação emissora no âmbito dos nove meses de exercício.

Ele disse que, no princípio, a neutralidade de Moçambique sobre o conflito russo-ucraniano foi mal compreendida. No entanto, assegurou que os posicionamentos de Moçambique face aos conflitos no mundo têm sido bem acolhidos.

“Por exemplo, na questão da Ucrânia, nós tomámos, desde a primeira hora, uma posição que não foi totalmente bem compreendida na altura, Logo que eclodiu o conflito, Moçambique defendeu uma solução negociada entre as partes. Evidentemente que foi um período em que muitos pensavam [em ser ou não a favor de um das partes em conflito].  Nós dissemos que esses posicionamentos podem agradar as pessoas, mas não contribuem para a solução efectiva do problema”, disse.

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