Moçambique atingiu em Julho subida de preços

Moçambique atingiu em Julho subida de preços

Moçambique atingiu, em Julho, novo recorde no aumento de preços. O valor está na ordem dos 11,77 porcento. A cidade de Nampula foi a mais cara nas áreas de transportes e de alimentação e bebidas não-alcoólicas, revela o Instituto Nacional de Estatística.

Os dados confirmam o alerta lançado pelo Banco de Moçambique, a 22 de Julho, que anunciaram que a vida estaria mais cara nos próximos 12 meses.

Até Junho deste ano, o clima inflacionista do país atingiu dois dígitos, níveis considerados altos dos últimos quatro anos e nove meses, entretanto a inflação de Julho chega com novos recordes.

Os preços em Moçambique subiram até 11,77 porcento, número mais alto desde Setembro de 2017, no rescaldo do choque provocado pelas dívidas ocultas.

Em termos cumulativos, de Janeiro a Julho do ano em curso, o país registou um aumento de preços na ordem de 7,10 porcento, saindo dos 6,44 porcento apresentados no mês anterior.

Por trás dos sucessivos aumentos dos custos que se verificam desde o início deste ano, a nível global e nacional, estão, de acordo com o Banco de Moçambique, os custos de combustíveis e produtos alimentares.

As divisões de transportes, com cerca de 19,10 porcento, e de alimentação e bebidas não-alcoólicas, com 17,24 porcento, foram, em termos homólogos, as que registaram maior variação de preços.

Na ordem da subida de preços, produtos como gasolina, pão de trigo, tomate, gasóleo, óleo alimentar, transportes semi-colectivos (urbanos e suburbanos) de passageiros e de refeições completas em restaurantes participaram com cerca de 4,96 pontos percentuais positivos no total da variação acumulada.

Normalmente, assiste-se a um recuo dos preços entre Maio e Julho, devido ao período de colheitas e abundância nos mercados e, no período em análise, houve registo de alívio nos custos de produtos, com destaque para a couve (7,1 porcento), o coco (3,8 porcento), o carapau (0,9 porcento) e o repolho (8,0 porcento), e contribuíram com quase 0,11 pontos percentuais negativos no total da variação mensal.

Em relação à variação mensal por produto, destaque vai para o aumento dos preços da gasolina (4,3 porcento), do gasóleo (10,9 porcento), do tomate (3,0 porcento), do gás butano em botija (18,6 porcento), do pão de trigo (1,0 porcento), do peixe fresco (1,3 porcento) e da mandioca fresca (24,2 porcento), que contribuíram, no total da variação mensal, com cerca de 0,67 pontos percentuais positivos.

A variação mensal nos centros de recolha, as cidades de Maputo, Beira e Nampula, que servem de referência para a variação de preços do país, registaram um aumento de preços, com a cidade de Nampula a destacar-se com cerca de 0,94 porcento, seguida da Cidade de Maputo com 0,59 porcento e, por fim, a cidade da Beira com quase 0,25 porcento.

Sobre a variação homóloga, a cidade de Nampula liderou a tendência de aumento do nível geral de preços com quase 14,03 porcento, seguida da cidade da Beira, com cerca de 11,49 porcento e, por último, a Cidade de Maputo com 10,70 porcento. (O Pais)

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