O porta-voz do Movimento Democrático de Moçambique, Ismael Nhacucue, nega que o Presidente do partido, Lutero Simango, estava envolvido em negociatas com a Frelimo para assegurar mais assentos na Assembleia da República.

“Não constitui verdade. Segundo os editais que têm em seu poder, temos entre 15 a 20 mandatos, se estivéssemos a falar de uma eleição justa e não desta eleição fraudulenta. Portanto, o MDM não está a receber mandatos a favor de ninguém” disse, numa entrevista à DW.

Nahacucue regia assim ao facto de alguns membros do partido terem levantado suspeitas sobre ter havido negociações secretas que duplicaram os assentos no parlamento, com o anúncio dos resultados pelo Conselho Constitucional.

Em declarações à comunicação social, na semana passada, os membros do MDM deram conta que “o presidente vai às reuniões da Presidência da República e quando volta não diz o que se tratou. Entretanto, vemos que os números dos assentos na Assembleia da República subiram para oito. Eventualmente, nesta subida pode haver trocas, não sabemos o que o MDM vai oferecer à FRELIMO para ter podido receber mais quatro deputados”, disse Elias Impuire, representante do grupo contestatário.