Os cálculos do Governo apontam para o registo de cerca de 80 mortes no decurso das manifestações pós-eleitorais desencadeadas a 21 de Outubro de 2024, disse hoje, em Pemba, capital de Cabo Delgado, o porta-voz, Inocêncio Impissa.

As contas do Executivo diferem, em larga medida, dos números anunciados por Organizações da Sociedade Civil, nomeadamente a Plataforma Decide – que fala de mais de 300 mortes – e o Centro para Democracia e Direitos Humanos fala de mais de 500 mortes.

Outros números preliminares do Governo apontam a destruição de centenas de infraestruturas e bens incluindo viaturas de serviços públicos: 177 estabelecimentos de ensino; 19 fábricas e indústrias; 23 armazéns comerciais; 1.677 estabelecimentos comerciais; 13 farmácias, 176 postes de energia eléctrica; 12 poste de transformação eléctrica; 27 unidades sanitárias; 58 torres de comunicação; 23 ambulâncias vandalizadas; 15 portagens; 293 edifícios públicos; 20 veículos do Governo, além de uma série de veículos de particulares; 164 casas do Governo, além de 108 casas de cidadãos comuns.

“Portanto, como se pode ver, há-se ser repugnante e totalmente reprovável qualquer destruição” disse Impissa.