Mais de 23 mil alunos vão estudar ao relento devido à vandalizações

Mais de 23 mil alunos vão estudar ao relento devido à vandalizações

O Porto de Maputo iniciou, na segunda-feira, a primeira fase das obras de expansão do terminal de contentores, num investimento de 164 milhões de dólares. Prevê-se que as obras terminem no prazo de dois anos.

O projecto inclui a expansão do pátio de armazenagem de contentores para 6,48 hectares; construção de 400 metros adicionais de cais – elevando o total para 650 metros – e aprofundamento do calado, de 12 metros para 16 metros. Isto vai permitir a acomodação de navios 366 metros de cumprimento total.

Serão ainda instaladas 700 tomas para contentores-frigorífico para incrementar as exportações.

Cerca de 23 mil alunos poderão iniciar o ano lectivo a estudar sentados no chão e ao relento, na província de Nampula, uma vez que as infraestruturas escolares e móveis foram destruídos em vandalizações.

Naquele ponto do país 130 salas de aula em 64 escolas foram destruídas, material escolar (carteiras, quadros, computadores) e eléctrico foram roubados.

O porta-voz do sector da educação na província, Faruk Carim,, salientou que o facto vai acentuar o rácio aluno/professor em várias escolas, sobretudo na cidade de Nampula, que é de 90 alunos por turma, colocando o sector numa situação de aperto.

Neste momento, decorre o levantamento de dados para uma eventual recuperação de parte das infra-estruturas destruídas até ao arranque do ano lectivo.

Afirmou que, por falta de condições apropriadas, as direcções das escolas afectadas adoptaram o atendimento por via de gabinetes móveis, para garantir a inscrição de todos os alunos.

Neste contexto, apelou aos alunos a aproximarem às escolas onde estudavam, a fim de procederem com a sua inscrição, assegurando que aulas não vão parar, mesmo sem infra-estruturas.

Carim acrescentou que o sector em Nampula ainda não tem um plano de reconstrução das salas de aula destruídas, pois decorre o levamento dos danos. Para o entrevistado, a comunidade, em geral, deve ter a consciência de que a escola é do povo e que a sua destruição/vandalização tem impacto negativo na educação das crianças, pois ficam privadas de prosseguir com os seus estudos e, por conseguinte, o seu futuro fica comprometido. (Notícias).

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