O Presidente da República, Filipe Nyusi, lamentou, hoje, em Maputo, os assassinatos do advogado Elvino Dias, e do mandatário do partido Podemos, na noite de sexta-feira, na cidade de Maputo, a capital moçambicana.

“Na qualidade de chefe de Estado, chefe d Governo e também Comandante em Chefe das FDS repudio, veementemente, aquele acto macabro, que tirou do convívio familiar e profissional bons filhos da pátria”, lamentou.

Os cidadãos foram martirizados em período eleitoral, enquanto se aguardam as divulgações dos resultados centralizados das eleições de 09 de Outubro passado. Elvino Dias estava a frente de vários processos judiciais contra ilícitos eleitorais. E o partido de Paulo Guambe, incluindo o candidato presidencial independente Venâncio Mondlane, contesta(va)m os resultados já avançados pelas Comissões distritais e provinciais de eleições.

A Polícia da República de Moçambique aponta motivações passionais como causa dos assassinatos. Entretanto, o Presidente da República entende que somente as investigações poderão acabar com as especulações.

“Esta posição do meu Governo foi imediatamente manifestada através do comunicado de imprensa apresentado pelo Ministro do Interior. E o Governo continuou a instar as autoridades competentes, através do porta-voz… reitero o apelo as autoridades competentes a tudo fazer, com celeridade, para esclarecer os assassinatos em defesa e em honra do nosso estado de direito. A rápida investigação, clarificação e esclarecimento deste acto é do inteiro interesse do Estado e dos moçambicanos. O seu esclarecimento vai permitir que não haja especulações sobre várias correntes de autoria do assassinato. Apelamos a colaboração de cada um de nos, se para tal for solicitado, para prestar declarações consideradas pertinentes”, instou.

Nyusi reagia hoje ao que se tem classificado de “assassinato político”. Notou que, independentemente das razões, nenhum ser humano tem o direito de tirar a vida de outrem.

O PR solidarizou-se com as famílias enlutadas, e endereçou votos de melhorias par Adassa Macuácua – a rapariga que estava no veículo com Dias e Guambe.

Por outro lado, Nyusi lamentou que jornalistas tenham sido atingidos pelas acções da polícia. Reconheceu a legalidade do direito de manifestações, em conformidade com a lei.

“Demonstrar descontentamento respeitando a lei é um direito”, frisou.

O PR falava esta manhã num encontro com o Provedor da Justiça e seus colaboradores, na presidência da República. (Fonte: TVM, O Pais)