A Plexus, uma empresa britânica, única concessionária de algodão no país, informou que vai deixar de operar na província de Cabo Delgado, na próxima semana, sem comprar o algodão dos 50 mil pequenos produtores, escreve o portal de Notícias, Carta, citando Nick Earlam, responsável da empresa.
Em causa esta o nível de insegurança que tem vindo a piorar nos últimos dias naquela província devido aos ataques terroristas que tem sido protagonizada pelos insurgentes.
“A nossa inteligência sugere que os problemas em Cabo Delgado vão continuar a agravar-se”, avançou, o responsável citado pela Carta, a partir de Londres, numa reunião aberta na Chatham House.
A fonte disse ainda que nenhum banco adiantará à Plexus dinheiro para ela comprar o algodão, devido à situação de insegurança.
O responsável da empresa disse que neste momento há 50 mil agricultores que esperam que a Plexus compre seu algodão e, caso não ocorra, “eles ficarão furiosos”. A fonte diz que A única forma para acabar com a guerra é ganhar a confiança do povo. segundo este, “o sector de energia deve tornar-se um parceiro da Agricultura para ganhar a confiança dos agricultores locais e trazer a paz”.
Importa referir que a Plexus deve dinheiro a 48 mil produtores cujo algodão não foi pago. Ao todo, a Plexus disse que eram US $1,5 milhão em dívidas. Volvidas poucas semanas, o Governo entregou à Plexus 2 milhões de dólares para pagar os produtores e voltar a operar.
Informações avançadas ainda pela Carta indicam que a Plexus ainda não informou o executivo da sua intenção de deixar Cabo Delgado, pouco mais de uma semana depois de a Syrah Resources, que explora grafite em Balama, ter retomado suas operações.
sabe-se que o algodão é a fonte de rendimento mais importante para milhares de camponeses nos distritos do sul de Cabo Delgado, particularmente Montepuez, Balama, Namuno e Chiure.
Em 2020 foi noticiado que a Plexus precisava de aproximadamente US $10 milhões para superar uma crise financeira motivada por uma má gestão. No seu website, a Plexus diz que tem uma base de 165.000 agricultores, sendo o maior produtor de algodão do país.
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