Inhambane vai ganhar unidades de exploração de areias pesadas

Inhambane vai ganhar unidades de exploração de areias pesadas

A economia da província de Inhambane poderá conhecer uma nova dinâmica com a instalação de unidades de exploração de areias pesadas nos distritos de Inharrime e Jangamo pela empresa Mutamba Mineral, e no distrito de Vilankulo, na região de Quewene, pela Haiyu Mozambique Mining Co Lda.

A Mutamba Mineral já está a realizar os últimos acertos para a implantação dos complexos industriais, estando apenas a aguardar a autorização da licença de estudo de impacto ambiental para cerca de 500 hectares da área requerida nos dois distritos vizinhos, do sul da província.

O Director desta instituição, Vagner Oliveira, deu a conhecer que a planta tipo com uma capacidade de processar 20 toneladas por hora de areias pesadas está pronta, esperando ape- nas a conclusão de aspectos técnicos e burocráticos para início da actividade, nomeadamente o processamento de matéria-prima para o desenvolvimento humano, indústria de tinta de vidro.

Por outro lado, quando entrar em funcionamento a fábrica de processamento de areias pesadas na região de Quewene, distrito de Vilankulo, a província de Inhambane poderá arrecadar cerca de 540 milhões de dólares norte-americanos provenientes de impostos, nos próximos cinco anos.

A instalação da infraestrutura vai custar cerca de 25 milhões de dólares, e não há previsão de retorno do investimento a prazo certo, devido as oscilações dos preços nos mercados internacionais.

O Director-geral adjunto desta firma, de origem chinesa, Juyi Li, afirmou recentemente que foram autorizados a explorar e comercializar 93.77 milhões de toneladas de reservas de areias pesadas para o processamento de zircão e iluminante.

Esta empresa já tem o DUAT e está na fase conclusiva da tramitação da licença de estudo de impacto ambiental, enquanto decorrem estudos para a implantação da doca ou porto para escoamento via marítima do produto processado.

Entretanto, dos ganhos previstos para o Estado, constam cerca de 108.900,00 dólares de responsabilidade social, 326.700,00 dólares equivalentes a cerca de seis porcento do imposto de produção e 104.544,00 dólares correspondentes a 32 porcento do IRPC.

Esta empresa, segundo garantiu Juyi Li, vai recrutar cerca de 450 trabalhadores, sendo 400 moçambicanos e 50 estrangeiros, para sectores específicos sem cobertura a nível interno.

No quadro da responsabilidade social, a empresa vai construir seis pequenos sistemas de abastecimento de água nas comunidades de Chipanzane, Belane, Mahatseal e Quewene, construção e apetrechamento de dois centros de saúde de tipo II, melhoramento de cerca de 90 quilómetros das vias de acesso na região, electrificação da Escola Secundária de Belane, erguer e apetrechar uma escola primária completa, entre outras acções.

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