O cidadão identificado por Leão de Deus Nhachengo foi encontrado sem vida no sábado (15), em Chissibuca, no distrito de Zavala, província de Inhambane. Outro indentificado por Ivo Armando Nhantumbo foi assassinado e os protaginistas lhe retirarm os órgãos genitais, em Inharrime, mesma província.
Segundo o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), Leão de Deus era um apoiante do político Venâncio Mondlane, e, em Zavala, desempenhava as funções de coordenador político. Ele tinha sido dado como desaparecido no dia 14, quinta-feira. À semelhança de outros jovens assassinados na mesma província, o corpo de Leão de Deus apresentava sinais de assassinato com recurso a arma de fogo. A Plataforma Eleitoral Decide disse que foram três tiros.
Estes casos, associados a outros, configuram perseguição e intolerância política contra os apoiantes do principal opositor do regime da Frelimo, na perspectiva do CDD.
“É o terceiro assassinato num espaço de uma semana com as mesmas características… desde Outubro de 2024, mais de 100 pessoas ligadas ao político [inclusive desde quando estava vinculado ao Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique – PODEMOS] foram assassinadas em todo o país… facto que configura perseguição e intolerância política por parte do regime” escreve a Organização não Governamental (ONG).
A Plataforma Eleitoral Decide escreveu “Leão, é a vítima número 14 dos opositores mortos no contexto pós-eleitoral em Moçambique”. E, em outra publicação grafou: “na mesma madrugada do dia 15 de Março, em que o João de Deus Nhachengo foi sequestrado e assassinado, Ivo Armando Nhantumbo, de 23 anos, dinamizador das manifestações em Inharrime, seguiu o mesmo caminho e com os órgãos genitais retirados”. A Plataforma contabiliza 15 “mortos políticos”, dos quais 14 pró-Mondlane e um das Frelimo.
O CDD entende que “situações de perseguição e intolerância minam a democracia e a convivência harmoniosa… e não vão trazer a paz e a estabilidade social”, pelo que, defende “Justiça Transicional como caminho para a justiça, reconciliação e reforma institucional”. (Foto: uma viatura incendiada que fazia caravana de Mondlane, em Inhambane)
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