O Governador do Banco de Moçambique (BM), Rogério Zandamela, disse que a inflação anual situou-se em 6% em Setembro deste ano, e que o metical registou uma apreciação de 15,0% face ao dólar durante os três trimestres de 2021.

Zandamela disse que os resultados do desempenho da economia nacional foram condicionados por factores internos e externos.

Para o governador o seu efeito combinado “resultou na revisão em alta das nossas perspectivas de inflação para o presente ano, o que exigiu a tomada de medidas correctivas que garantissem a estabilidade macroeconómica e do sistema financeiro do país”.  O Governador falava durante a cerimónia de abertura do 46º Conselho Consultivo do BM.

Entre os factores internos referidos por Zandamela destacam-se os riscos e incertezas devido à propagação da Covid-19, forte pressão cambial e a intensificação dos ataques terroristas em Cabo Delgado. A influencia do exterior teve a ver com novas vagas da pandemia, volatilidade dos preços internacionais das mercadorias e pelo fortalecimento do dólar americano perante outras moedas.

Por outro lado, o estes factores influenciaram a revisão em alta das taxas de juro de política monetária, “de 10,25% para 13,25%”

O BM diz que fortaleceu a posição externa do país, com a manutenção das reservas internacionais brutas em níveis confortáveis, o que permite cobrir mais de seis meses de importações.

“O aumento das nossas reservas internacionais contou, também, com a recente alocação dos Direitos Especiais de Saque (DSE) pelo Fundo Monetário Internacional (FMI) no montante equivalente a USD 308 milhões”, explicou Zandamela.

O BM aprovou, recentemente, o quadro regulatório que cria o Número Único de Identificação Bancária (NUIB) para que cada cliente do sistema bancário seja identificado a partir de um único número individual e que será utilizado por todas as instituições de crédito e sociedades financeiras que operam em Moçambique.