Depois de um período sem precedentes para todo o mundo, em 2020, em que tudo não caminhou no seu ritmo normal, chegando até a ficar estagnado, a indústria de cruzeiros espera voltar “em força” em 2022.
A verdade é que logo no início de 2020, os sectores demonstravam insustentabilidade, e os esforços para reverter a situação trouxeram alguma valia. Durante a transição para 2021 a indústria de cruzeiros fez navegar 50% da frota, implementando, claramente, os protocolos anti-Covid-19, mais completos e seguros do mundo.
Esta é, pelo menos a convicção da organização do “International Cruise Summit”, que vai celebrar a sua 11.ª edição nos dias 17 e 18 de Novembro em Madrid. Espera-se que o evento reúna toda a indústria para discutir e analisar o futuro do sector e o novo cenário pós-pandêmico.
Tudo indica que até final de 2021, os grandes armadores terão em média 80% da sua frota em operação e, no decurso do próximo ano, serão lançados 33 novos navios, 13 deles de grande porte (de mais de 100 mil toneladas brutas). A experiência dos meses passados levou aso operadores a preocuparem-se mais com questões de higiene e ambientais. Na verdade, neste último quesito, dos tais navios seis já utilizam Gás Natural Liquefeito como combustível, que elimina 100% das emissões de óxido de enxofre e 30% de carbono.
“As companhias marítimas observam um nível excepcional de reservas para 2022, principalmente no segundo semestre”, refere a organização do evento em comunicado. De resto, e falando em nome das companhias, os responsáveis pelo “International Cruise Summit” admitem que, depois de dois verões com restrições de viagens e difícil convivência com o vírus, os consumidores estão a querer não só viajar, mas fazê-lo com pompa, entregando-se a luxos com o dinheiro economizado”.
Actualmente, todos os passageiros que embarcam num cruzeiro devem ter passado anteriormente num teste de coronavírus e, mesmo, em muitas empresas, apenas pessoas totalmente vacinadas podem embarcar.
Quanto ao evento que vai decorrer nos próximos dias na capital espanhola, serão vários os temas em debate, desde a recuperação da indústria de cruzeiros e destinos turísticos, aos desafios para recrutar novamente todos os trabalhadores de que o sector necessita e como recuperar os níveis de vendas e preços anteriores à pandemia.