IMOPETRO precisa de 200 milhões de dólares para importar combustíveis, já a conta-gotas no país

IMOPETRO precisa de 200 milhões de dólares para importar combustíveis, já a conta-gotas no país

A Importadora Moçambicana de Petróleos (IMOPETRO) precisa de cerca de 200 milhões de dólares para importar as mesmas quantidades de combustíveis antes de os preços terem inflaccionado no mercado internacional.

De acordo com o matutino “Notícias”, anteriormente a importadora gastava cerca de 80 milhões de dólares, e a subida de custos está a reduzir a capacidade de as empresas mobilizar recursos para importar as mesmas quantidades de combustíveis para o país. Isso faz com que os postos de abastecimento tenham cada vez menos combustíveis para atender a demanda nacional.

“A nossa importação ocorre em cada 22 dias. Neste momento temos gasolina para 28 dias; jet, usado na aviação, para 26 dias; e gasóleo para 37 dias”, assegurou.

Como consequência da insustentabilidade do negócio, cinco pequenas gasolineiras suspenderam suas actividades, de acordo com o Director da IMOPETRO, João Macanja, citado no jornal.

Actualmente o crude, do qual se refinam o gasóleo e gasolina, esta a ser negociado entre 100 e 120 dólares. Só entre Fevereiro (761 dólares) e Maio deste ano, a tonelada da gasolina subiu cerca de 307 dólares para 1068 dólares por tonelada, o preço que o país paga.

Em Fevereiro, o litro da gasolina chegava aos portos moçambicanos a 38 meticais, em Março a 41 meticais, em Abril a 47 meticais e em Maio a 54 meticais.

O responsável clarificou que o conflito no leste europeu veio agravar a procura por combustíveis à medida que os países iam relaxado as restrições anti-covi-19 e a demanda crescia sem que a produção aumentasse.

Apesar de algumas medidas para reverter a situação estarem na mesa de debate a nível internacional, o Directo da IMPOETRO prevê que elas não sejam “suficientes para estabilizar o mercado”.

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