Um grupo de homens trajados de uniformes militares decapitaram duas pessoas, na última sexta-feira, no distrito de Macomia, na província de Cabo Delgado. As vítimas estavam a cartar água num poço na aldeia de Lumumua, em Mucojo, na costa daquele distrito.
De acordo com fontes locais, citadas pela VOA, cinco pessoas vinham da ilha de Matemo à procura da água potável, três das quais escaparam aos ataques. No momento, estes sobreviventes transportavam os recipientes cheios para a pequena embarcação que ali tinham atracado.
“Estes que estavam na fontenária foram surpreendidos e decapitados” e os corpos abandonados ali, e “outros três escaparam porque conseguiram fugir” disse, Ismael Assane, uma das testemunhas.
Suspeita-se que os malfeitores estejam associados ao grupo terrorista islâmico que aterroriza Cabo Delgado desde 2017.
A poucos quilómetros do local do ataque está instalada uma posição da missão da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral, designada por SAMIM.
Apesar do contingente militar, os moradores surpreendem-se com os ataques. “Nesse lugar na verdade tem um poço grande” onde as pessoas recorrem para se abastecer com água não salubre, e “foi aí mesmo que foram encontrados pelos terroristas e decapitadas essas pessoas”, disse Alfredo Muandine, outro morador de Macomia.
As regiões libertadas (Macomia, Nangade, Mueda) ainda registam ataques ocasionais.