HCM expande capacidade de realização de cirurgias cardiovasculares

HCM expande capacidade de realização de cirurgias cardiovasculares

Pacientes com lesões, deformidades e doenças que afectam a saúde do coração e sistema circulatório, acabam de ver a sua esperança de vida renovada, depois da entrega, na semana passada (12/02), pela empresa Porto de Maputo (MPDC), de diverso material para a realização de cirurgias de coração aberto no Hospital Central de Maputo (HCM).

As cirurgias de coração aberto são realizadas para tratar uma série de problemas cardíacos, incluindo insuficiência cardíaca, doença da válvula cardíaca, arritmias, aneurismas e doença arterial coronária.

A oferta deste indispensável material sem o qual, não seria possível realizar este tipo de procedimento, chega em momento oportuno em que alguns pacientes já aguardavam por uma oportunidade, segundo deu a conhecer Adriano Tivane Cirurgião Cardiovascular e Torácico do HCM.

“Já foram feitas aquisições a alguns anos atrás pelo Ministério da Saúde, que permitiu operar cerca de duzentos pacientes, mas, uma vez que não temos orçamento suficiente para garantir aquisição regular, começamos a registrar roptura de stock nos finais do ano passado, daí que esta oferta chega em momento ideal” apontou.

Para o parceiro, cuja doação está avaliada em aproximadamente dois milhões de meticais e que acontece pela segunda vez no serviço de cirurgia cardíaca, a entrega deste material , simboliza uma ajuda aos pacientes de todos os cantos do país, que demandam este tipo de atendimento.

“Para nós, é importante colaborar com o Estado, naquilo que não consegue suprir e os desafios do HCM têm sido mais do que imensos porque garantem cirurgias a nível nacional e, portanto, ao canalizarmos este donativo, estamos cientes de estar a apoiar a população no seu todo”. Justificou, Soraia Abdula, responsável da área social do MPDC.

O primeiro paciente a ser operado o coração este ano fruto desta ajuda, vinha aguardando pelo procedimento há dois meses. Trata-se de uma pessoa do sexo masculino com idade compreendida entre 35 e 40 anos proveniente da província de Nampula e que apresenta um defeito na aórtica, uma das quatro válvulas cardíacas que abre quando o sangue flui do coração para sua aorta.

Desde a sua introdução em 2016, a maior unidade sanitária do país por sinal, a única com estas valências dentro do sector público, já realizou mais de trezentas cirurgias do coração aberto, com uma média de dois pacientes, por semana e oito, por mês.

Realizada a custo zero, no HCM, a mesma cirurgia pode custar fora desta unidade sanitária entre 10 e 15 mil dólares ou 25 e 35 mil dólares norte-americanos, dependendo de cada especificidade e/ou do tipo de intervenção. (HCM-DCI)

Partilhar este artigo

Deixe uma resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado.