Há moçambicanos ocultos interessados no terrorismo em Cabo Delgado, segundo Lourenço do Rosário

Há moçambicanos ocultos interessados no terrorismo em Cabo Delgado, segundo Lourenço do Rosário

O académico e membro do partido Frelimo, Lourenço do Rosário, diz existirem moçambicanos e estrangeiros interessados na evolução e continuidade dos ataques terroristas na província de Cabo Delgado, entretanto, defende o diálogo entre o Governo e ‘o cabeça’ dos insurgentes.

“É preciso, primeiro, encontrar a quem interessa o conflito. Não os que estão no combate, no terreno. Há muitas forças ocultas a quem interessa, nacionais e internacionais”, disse citado pela STV.

Na perspectiva do também docente, aos terroristas foi-lhes aberta a porta para se instalarem em Moçambique, e recordou dizeres de Samora Machel, o primeiro Presidente de Moçambique independente, enquanto República Popular.

“Samora Machel dizia: quando alguém entra na nossa casa alguém lhe abriu a porta. Então, a alguém, nossos, nacionais, interessa este conflito em Cabo Delgado”, frisou.

Na leitura que faz sobre o assunto, ele entende que o termo terroristas é extensivo e aplicável aos financiadores, não somente aos executores de atrocidades.

Ele defende que se deve dialogar com os terroristas, mas é necessário, primeiro, se identificar ‘o cabecilha’, ou seja, a parte interessada na continuidade dos actos terroristas.

“Neste caso tem de se identificar a quem interessa este conflito em Cabo Delgado”, sugeriu, e seguidamente questionou o trabalho da inteligência em Moçambique para identificar o chefe dos terroristas.

“Como é que está a inteligência no nosso país? A partir daí nós saberemos [quem é o cabecilha]. Se a inteligência funciona nós sabemos quem são e se não funciona não vamos saber nunca”, disse.

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