Há inspectores “piratas” a andar entre nós, denuncia o INAE

A Inspecção Nacional das Actividades Económicas (INAE) denunciou, na terça-feira, a existência de pessoas identificando-se por agentes da instituição sem o serem, e que isto acontece desde Novembro do ano passado.

De acordo com o INAE a prática dos piratas tem sido a exigência de valores monetários a algumas empresas para as excluir da fiscalização.

Sem avançar o número de inspectores falsos, o porta-voz da instituição, Tomás Timba, disse que as práticas ocorrem em todo o país, sendo que as cidades de Maputo e Matola registam as maiores ocorrências.

“Recebemos denúncias desde o mês de Novembro reportando chamadas de várias pessoas que se faziam passar por inspectores da INAE e que estavam a exigir valores monetários”, disse o porta-voz, durante uma conferência de imprensa para apresentar o balanço de 01 de Outubro de 2021 à 03 de Janeiro de 2022.

Mas, por outro lado, Tomas Timba admite que entre os inspectores ‘piratas” existem os funcionários da própria instituição, que se deixam levar por práticas ilícitas que mancham a imagem da instituição.

“Os agentes da INAE não devem exigir pagamentos porque isso é contra as orientações emanadas no regulamento da inspecção, por isso denunciem essas práticas”, disse Timba.

Entre Outubro e Janeiro, a INAE fiscalizou 12.204 unidades económicas, com destaque para as áreas da indústria, comércio, turismo e prestação de serviços.

No mesmo período, a INAE constatou falhas na distribuição de frangos e ovos e redução do peso das hortícolas, o que gerou especulação de preços. Como consequência, foram suspensos 55 estabelecimentos, maioritariamente bares e algumas mercearias por aglomerações e especulação. Foram ainda notificados e advertidos 256 agentes económicos.

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