Um grupo de médicos da Associação Médica Moçambicana (AMM) abandonou, esta quinta-feira, uma reunião com membros do Governo. O encontro visava alcançar consensos para a revisão do enquadramento da classe na Tabela Salarial Única (TSU) e evitar a já anunciada greve.
Os médicos, que dialogaram por cerca de 40 minutos com representantes do Governo, justificam o abandono da reunião por não ter havido uma concertação. Ou seja, o Governo não cedeu as exigências desses profissionais de saúde e, com isso, os preparativos para o início da greve avançam, de acordo com a STV.
Apesar de ainda mostrarem-se abertos em negociar com o Governo, os médicos desejam, num eventual próximo encontro, que isso se efective com um outro grupo representativos o Executivo.
A AMM convocou e anunciou uma greve geral de 21 dias prorrogáveis, com início a 07 de Novembro próximo. Em causa está, entre outros, o enquadramento dado à classe à luz da Tabela Salarial Única (TSU).
O mais recente comunicado da classe que chegou à redacção do MZNews detalha que os médicos vão suspender todos os serviços de saúde pública; ensino em centros de formação, institutos e universidades; tutoria e supervisão de estagiários nas unidades sanitárias; consultas externas incluindo as de atendimento especial; cirurgias electivas; e exames de diagnóstico de carácter electivo.
A AMM fundamenta as decisões com o facto de o Governo, há vários anos, manter uma postura de incumprimento da maior parte dos direitos constantes no Estatuto do Médico na Administração Pública e seu respectivo regulamento.
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