Governo moçambicano projecta comercializar cerca de 160 mil toneladas de castanha de caju na campanha 2021/2022, que arranca brevemente. A cifra representa um crescimento de 12% comparativamente à campanha anterior.
A informação foi partilhada em Maputo, pelo vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural, Olegário Banze, durante a sessão de amêndoas.
O governante referiu que nos últimos anos o sector das amêndoas, particularmente do caju, tem vindo a registar níveis de crescimento bastante assinaláveis. A produção média atinge cerca de 140 mil toneladas por campanha. “Isso poderá representar um crescimento de 12% em relação à última campanha onde comercializámos 145 mil toneladas”, explicou.
Banze, explicou ainda que a indústria do caju está a registar uma capacidade potencial de cerca de 11º mil toneladas que não está a ser integralmente explorada.
Disse que “os motivos são vários e acrescem-se a esses a problemática da Covid-19, terrorismo e mudanças climáticas que têm fustigado o país, sendo estas as questões que sempre perturbam o bom desempenho da indústria do caju”.
Segundo o governante, o País é uma referência mundial na produção e processamento do caju, tem condições agrícolas favoráveis para melhorar a produção no contexto regional e global das amêndoas.
“Este subsector tem um potencial para gerar empregos, melhorar renda e as condições de vida dos cidadãos, sobretudo no meio rural. E para optimizar este potencial e as vantagens comparativas que o nosso país tem, todos nós temos que nos sentir devidamente remunerados e com equidade”, disse.
A I Sessão do Comité de Amêndoas tinha por objectivo estabelecer preços aceitáveis e justos para os produtores, comerciantes, processadores e exportadores. Bem como estabelecer um critério de negociação de preço entre o produtor e o comprador para melhorar o funcionamento do mercado doméstico da castanha de caju.