O Governo, representado pelo Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa (GMNK), Electricidade de Moçambique (EDM), Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB), e o Parceiro Estratégico assinaram, hoje, em Maputo, dois Acordos de Parceria para Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa que formalizam a entrada do parceiro no projecto.
Trata-se do início de uma grande parceria pública-privada que vai permitir a implementação do projecto hidroelétrico de 1500 Megawatts de energia para Moçambique, bem como para os países da região.
Com um custo estimado de 5 mil milhões de dólares norte-americanos, o projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa inclui o desenvolvimento de uma barragem a fio de água, localizada a 61 km a jusante de Cahora Bassa, no Rio Zambeze, na província de Tete.
Uma central hidroelétrica com capacidade instalada de produção de energia de até 1.500 Megawatts e uma linha de transporte de energia de alta tensão, de Tete à Maputo de aproximadamente 1300 quilómetros.
“A assinatura dos presentes acordos é por si um marco histórico e uma demonstração, inquestionável, do compromisso do Governo para com este processo e o projecto”, disse Carlos Yum, diretor-geral do Gabinete de Implementação do Projecto Hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa.
Presente na cerimónia, o Presidente da República Filipe Nyusi, disse que os acordos ora assinados, formalizam a entrada de parceiro estratégico no Projecto hidroeléctrico de Mphanda Nkuwa, e que se irá juntar a EDM e a HCB para “a concretização deste sonho antigo dos moçambicanos”.
O projecto será a opção de menor custo de geração de energia. Irá posicionar Moçambique como pólo energético regional, contribuir para o acesso universal e industrialização, capacitação técnica e exportação de energia.
“A assinatura dos presentes acordos é por si um marco histórico e uma demonstração, inquestionável, do compromisso do Governo para com este processo e o projecto”,
Segundo Nyusi , o projecto de Mphanda Nkuwa será fundamental para o processo de transição energética e descarbonização da região Austral do Continente Africano.
“Pretendemos que Mphanda Nkuwa seja um elemento fundamental no processo de transição energética de Moçambique, e da região, através da provisão de energia limpa, ao mesmo tempo que torna uma importante função de mitigação das alterações climáticas que visam alcançar a neutralidade carbónica em 2050”, referiu o Chefe do Estado durante a sua intervenção.
O Presidente disse que ditou a escolha do consórcio para a implementação do Projecto, a garantia de uso de padrões e ferramentas globais de sustentabilidade social, ambiental, avaliação e certificação do projecto, que privilegiem a criação de oportunidades para as comunidades locais, minimizem e mitiguem o impacto adverso ao património de biodiversidade, entre outros aspectos.
“Pretendemos que Mphanda Nkuwa seja um elemento fundamental no processo de transição energética de Moçambique, e da região, através da provisão de energia limpa,
Nyusi disse que o projecto poderá gerar receita para o governo, proveniente de impostos, taxa de concessão, criar emprego de qualidade a curto, médio e longo prazo.
Na fase de construção, fala-se de cerca de 7 mil empregos directos, dos quais pelo menos 95% serão ocupados pelos moçambicanos.
Por seu torno, o ministério dos Recursos Minerais e Energia, Carlos Zacarias enalteceu o potencial do projecto, considerando-o como uma alavanca para o início de uma nova era de renascença de projectos Hidroeléctricos em Moçambique.
“Este é o primeiro passo concreto para Moçambique capitalizar o imenso potencial hidroeléctrico do Rio Zambeze e demais recursos energéticos do país, prover eletricidade de baixo custo para a nossa população e indústria, e posicionar-se como um exportador regional de energia limpa e renovável”, afirmou Carlos Zacarias.
Chrysoula Zacharopoulou, ministra do Estado da França entende que o projecto constitui um exemplo poderoso da ambição que “partilhamos com Moçambique, garantir que o nosso parceiro é capaz de fornecer energia limpa a todos os seus cidadãos, e explorar todo o seu potencial em energias renováveis. Confiamos que Moçambique em breve estará entre os líderes de energia hidroeléctrica na região,” afirmou Chrysoula.
“Este é o primeiro passo concreto para Moçambique capitalizar o imenso potencial hidroeléctrico do Rio Zambeze e demais recursos energéticos do país, prover eletricidade de baixo custo para a nossa população e indústria,
De referir que o cronograma do projecto prevê o início da operação da primeira turbina em 2031. A seleção do parceiro estratégico e a assinatura dos acordos resultam de um processo competitivo, rigoroso e transparente que iniciou em Junho de 2022.
Deixe uma resposta