Moçambique vive um período pós-eleitoral marcado por mortes, feridos, e uso de força policial para a dispersão de multidões. Em várias ocasiões a polícia disparou balas de gás lacrimogénio para os aglomerados, algumas vezes até para residências.
Segundo o Centro de Integridade Pública (CIP), o gás lacrimogénio utilizado pela polícia estava fora do prazo. As cápsulas recolhidas nas cidades de Maputo e Matola tinham como prazo de validade Julho de 2014. Nessas condições é considerado “resíduo perigoso”.
“A exposição regular e prolongada ao gás causa efeitos adversos à saúde pública e ao meio-ambiente. Os efeitos agravam-se quando os seres humanos e o meio-ambiente são expostos ao gás fora do prazo” refere o CIP numa publicação.
Há ainda o risco de morte da pessoa que tenha sido exposta ao gás lacrimogénio, seja ele dentro ou fora do prazo.
A saúde mental também pode ser prejudicada, podendo ocorrer casos de pânico, estresse pós-traumático, depressão, ansiedade e perturbações do sono.
Refere a ONG que as propriedades químicas do gás lacrimogénio podem prejudicar o ambiente, mortes de espécies faunísticas.
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