Há forças externas que causam distúrbios no território moçambicano, devido à desestabilização causada pelas acções terroristas na província de Cabo Delgado, considera Armando Guebuza, o ex-Presidente da República.
“A paz é um bem que o país aprendeu a valorizar, apesar da existência de forças externas que criam desordem por meio do terrorismo”, disse, na terça-feira, em Maputo, numa palestra sobre os 60 anos das Forças Armadas e Defesa de Moçambique e da Luta de Libertação Armada.
Nesta linha de ideia, o antigo Chefe de Estado defende a valorização da paz por via de esforços contínuos, assentes em atitudes patriotas.
“O país tem vários inimigos que lutam constantemente contra a estabilidade. O surto de instabilidade local em Cabo Delgado é um facto que comprova a existência de inimigos não declarados contra a independência do país”, disse.
Na ocasião, referiu que o plano estratégico que desembocou no escândalo das dívidas ocultas tinha sido desenhado para combater o terrorismo. Entretanto, o mesmo foi frustrado por desalinhamentos internos.
“A famosa ideia de dívidas ocultas é porque reagimos à situação… é porque compramos barcos, mandamos formar pessoas para se combater aquilo que estava lá. Disseram ser traição. É óbvio que se tentou fazer muita coisa, mas não se conseguiria muito, mas conseguir-se-ia muito mais do que se conseguiu. Houve desarticulação das estruturas internas nossas que levaram a que os nossos esforços não nos favorecessem e pudéssemos coordená-los no mesmo sentido. É um exemplo típico de falta de unidade”, notou.
Deixe uma resposta