O Fundo Monetário Internacional (FMI) divulgou, recentemente, o seu Índice de Preços de Habitação Global. Os resultados demonstraram que o preço da habitação subiu em 75% entre os países analisados.
Luxemburgo lidera a lista dos 60 países analisados pelo FMI, onde os preços para se ter uma casa são elevadíssimos e sobem constantemente. Por lá, o preço das casas subiu 18% no último ano, espelhando, assim, um dos efeitos da pandemia da Covid-19.
Depois de Luxemburgo seguem-se a Turquia, Nova Zelândia e o Canadá. No geral uma casa na Europa está 10% mais cara.
Em Portugal o preço da habitação atingiu uma alta de 10%. A pesquisa indica que a baixa taxa de juros contribuiu para o “boom” do sector da habitação, aliada a políticas de apoio dos governos e o aumento da necessidade de as pessoas trabalharem de casa.
Nos Estados Unidos, as pesquisas online para imóveis atingiram níveis máximos. O FMI explica ainda que as interrupções na cadeia de abastecimento fizeram aumentar os custos de vários produtos do sector de construção, contribuindo, consequentemente, para essa tendência.
Um outro dado a considerar é a disparidade entre a tendência de subida do preço à habitação e os baixos salários. Isto torna uma casa inacessível para a maioria das pessoas a nível mundial – só dá para quem tem dinheiro. E as previsões do Fundo indicam que a possibilidade do trabalho híbrido num mundo pós-pandemia também deverá aumentar ainda mais as desigualdades.