Apesar de a Inteligência Artificial (IA) constituir-se num advento da tecnologia para o desenvolvimento da humanidade e do mundo, ela traz consigo o poder de distorcer factos, gerando “Histórias Falsas sobre a História/Fake Stories in History”.
Nesta perspectiva, o pesquisador em Engenharia Informática da Universidade Eduardo Mondlane (UEM) alerta para a possibilidade de a IA servir propósitos enganosos, bem como distorcer a história nacional.
“A IA pode ser usada para fins enganosos. Estes instrumentos podem gerar imagens e documentos falaciosos sobre a história de Moçambique e facilmente espalhar para o público. Aqueles que desconhecem os factos, ou as novas gerações, podem tomá-los como verdadeiros, e consequentemente, caírem na desinformação”, disse, citado pelo Notícias, à margem da celebração dos 90 anos do Arquivo Histórico de Moçambique (AHM).
Este alerta surge num período em que a UEM se prepara para digitalizar o espólio histórico do AHM que, linearmente, se estende por cerca de 30 quilómetros. São materiais físicos conservados desde o século XVIII sobre a biografia do país e do continente africano.
Na perspectiva do reitor da UEM Manuel Guilherme Júnior, o acervo do AHM deve ser imortalizado por portarem narrativas das memórias das sociedades.
“O nosso objectivo inicial, quando passamos a tutelar este espólio, era reunir os arquivos dispersos e organizar o acervo bibliográfico sobre Moçambique. Actualmente, temos a missão de imortalizar essas memórias nacionais, garantir sua preservação e valorizar o património documental histórico e cultural da nação moçambicana, através das novas tecnologias”, disse.
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