Já passa mais e um mês desde a “evasão” de reclusos das penitenciárias da Machava, nomeadamente, Cadeia Central e Cadeia de Máxima Segurança “B.O” e o país ainda não conhece os resultados do inquérito que o Governo anunciou, 29 de Dezembro de 2024, quatro dias após a fuga de reclusos.

A 25 de Dezembro de 2024, mais de 1500 reclusos debandaram-se daqueles estabelecimentos de reclusão. Cerca de 34 foram mortos na incursão, segundo uma organização da sociedade civil. “No total, 104 indivduos perderam a vida, vítimas do fogo cruzado e das execuções a curta distância”.

O Governo havia garantido a constituição de uma equipa de inquérito para averiguar o caso, mas de lá a esta parte, segundo o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), “sequer se sabe sobre os termos de referência da comissão nem os seus integrantes”.

“A fuga resultou na destruição de partes significativas da Cadeia Central, incluindo sistemas que armazenavam informações sensíveis sobre os prisioneiros. Esse incidente levantou sérias dúvidas e alimentou especulações sobre a possibilidade de ter sido uma fuga facilitada, com objectivos claros de permitir a libertação de determinados grupos de reclusos. Os reclusos estavam detidos em áreas controladas da BO” lê-se num boletim da organização.

O CDD defende a publicação da constituição da comissão de inquérito supostamente criada para averiguar o caso.