A Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), concedeu 30 milhões de dólares ao Programa Mundial da Alimentação (PAM) para combater a insegurança alimentar nas zonas afectadas pela violência em Cabo Delgado.
Uma nota da Embaixada dos Estados Unidos em Maputo diz que parte do valor será usado nas regiões de Sofala e Manica devastadas por desastres naturais.
A doação é anunciada, nesta segunda-feira, 21, quando organizações humanitárias lamentam a disponibilidade de fundos para a garantia da alimentação e protecção de milhares de pessoas afectadas pela violência do grupo ligado ao Estado Islâmico, em Cabo Delgado. Pelo menos 800 mil foram deslocadas por esse conflito, que iniciou em 2017.
“O Governo dos E.U.A. continua empenhado em apoiar o governo de Moçambique e o povo moçambicano na resposta a esta complexa crise”, disse o embaixador americano Deis W. Hearne, após um encontro com o director executivo do PAM, David Beasley.
Sementes da paz
Tal, disse Hearne, “inclui ajudar as muitas famílias e comunidades moçambicanas que têm acolhido os seus vizinhos, deslocados das suas casas devido à violência em Cabo Delgado”.
Beasley disse que ao “salvar vidas de famílias afectadas pelo conflito, estamos a plantar as sementes da paz. Mas isto não é suficiente”.
“Temos de trabalhar mais em conjunto para assegurar a recuperação a longo prazo e o bem-estar das pessoas, ajudando-as a prosseguir e dando-lhes esperança de um futuro melhor”, apelou o chefe da agência vencedora do prémio Nobel da Paz-2020.
O valor doado pelos Estados Unidos, diz a nota da Embaixada, será principalmente usado para fornecer assistência alimentar de emergência a, pelo menos, 116.500 moçambicanos deslocados pela violência em Cabo Delgado e apoio nutricional a crianças.
Em Sofala e Manica, parte do valor financiará actividades do Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas (UNHAS) e assistência alimentar de emergência a mais de 30 mil moçambicanos afectados por ciclones.
O governo dos Estados Unidos é o maior doador do PAM em Moçambique, com um total de 130 milhões de dólares em contribuições desde 2018.
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