Moçambique tem condições adequadas para viabilizar a produção de biocombustíveis para o consumo interno, reduzindo, deste modo, a importação de combustíveis fósseis, conforme sugere um estudo encomendado pelo Ministério da Economia e Finanças (MEF).
Numa publicação do jornal Notícias, o coordenador do Gabinete de Reformas Económicas no MEF, João Macaringue, explicou que a pesquisa compreendeu a identificação de produtos com potencial para o fabrico de biocombustíveis, caracterização das zonas agro-ecológicas propícias, viabilidade económica para cada produto e determinação da cadeia completa e respectiva logística.
“Uma das principais vantagens é a sustentabilidade ambiental e potencial para substituir total ou parcialmente os combustíveis fósseis”, aponta a fonte.
Segundo João Macaringue, concluído o estudo segue-se a validação e socialização com o sector privado e todos os intervenientes na cadeia de aquisição, armazenagem, distribuição de combustíveis, harmonização e submissão à apreciação e aprovação do plano de acção pelo Governo.
Os consultores constataram haver culturas produzidas em Moçambique que podem servir de matérias-primas para o fabrico de biocombustível, a exemplo de mandioca, caju, mapira, batata-doce, cana-de-açúcar e mexoeira, especificamente para o bio-etanol; e algodão, coco, moringa, palma e rícino, para biodiesel.
Recentemente o Governo manifestou a intenção de usar, nos próximos dois anos, a experiência e conhecimento brasileiro sobre toda a cadeia produtiva de biodiesel com vista a estimular e fomentar a produção e uso de biocombustível no mercado nacional. Para o efeito, o Gabinete de Coordenação de Reformas Económicas assinou um memorando de entendimento com a União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (UBRABIO) e a CTJ Consultoria Limitada.
(Foto DR)
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