A Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA adiantou ontem que pelo menos 60 empresas têm dívidas com fornecedores externos avaliadas em 373 milhões de dólares, cerca de 23.830.568.963, no câmbio actual.
Esses são dados agregados das empresas que, no prazo de uma semana, conseguiram submeter os casos de facturas em atraso, devido à escassez de moeda estrangeira no mercado nacional.
Contudo, os empresários estimam que o valor seja maior, pois até a comunicação de ontem, outras empresas continuavam a fazer as submissões. A CTA estima que as facturas em atraso sejam superiores a 402 milhões de meticais.
“No geral, submeteram ao pedido da CTA, 63 empresas com pagamentos diversos solicitados pelo estrangeiro. Destes, 41% são do sector industrial, 25% da aviação, e 21% do comércio geral” disse, ontem, Evaristo Madime, Presidente do Pelouro da Indústria na CTA.
Dados a agremiação indicam que os sectores mais afectados foram o da indústria (140 milhões de dólares), indústria (92,5 milhões de dólares), comércio (41 milhões de dólares), seguros (31,8 milhões de dólares) e saúde (889,4 mil dólares).
“Numa situação destas, não seria justificável a escassez que se verifica. Contudo, dado que a maior parte da receita dos Grandes Projectos não tem sido repatriada, então o problema torna-se visível. Sendo assim, para reduzir a escassez de Divisas no mercado para importação de matérias-primas em 500 milhões de dólares, propomos que o Governo inste as empresas no sector da indústria extractiva, em particular, a repatriar receitas de exportação dos grandes projectos” disse.
A CTA diz que vai submeter ao Banco de Moçambique os documentos comprovativos da falta de divisas no mercado cambial.
“A não-resolução deste problema, a curto prazo, tem o condão de agravar a situação económica na qual Moçambique se encontra e deteriorar, ainda mais, as oportunidades de emprego, levando a continuidade das convulsões sociais que se têm assistindo” alertou.
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