A Mozal e a Gapi lançaram, no dia 22 de Setembro do corrente ano, na Matola Rio, distrito de Boane, província de Maputo, o projecto Nhluvuko, uma iniciativa que visa melhorar as condições de vida dos residentes dos distritos da Matola e Boane, através da promoção de negócios de pequena escala capazes de gerar empregos, privilegiando mulheres e jovens empreendedores.

O projectos esta avaliado em 77 milhões de Meticais e numa primeira fase vai abranger cerca de 500 beneficiários e se propõe contribuir de forma geral no aumento do emprego e da renda da população desta região.

O projecto, cuja duração é prevista para três anos, podendo ser ampliado e/ou renovado, pretende apresentar um novo modelo de implementação de programas de responsabilidade social corporativa adoptados pelas grandes empresas.

Assente numa parceria entre uma empresa multinacional (a Mozal) e uma instituição financeira de desenvolvimento nacional (a Gapi), esta iniciativa preocupa-se com a sustentabilidade das actividades beneficiadas.

Neste sentido, a parceria Mozal-Gapi inclui no projecto Nhuluvuko, uma adequada combinação de capacitações, assistência técnica e financiamento para melhorar a capacidade operacional e gestão de negócios dos empreendedores locais.

“A Mozal acredita que o desenvolvimento de Micro Pequenas e Médias Empresas (MPMEs) constitui um dos pilares-chave no desenvolvimento da economia local e no melhoramento de qualidade de vida das comunidades. Com esta acção, queremos mais uma vez reafirmar o nosso compromisso de participação activa no bem-estar desta população, juntando-se aos esforços do Governo e outros parceiros no desenvolvimento de empreendedores e empresariado local para uma economia mais robusta, resiliente e mais sustentável”, disse Gil Cumaio, director dos Assuntos Externos da Mozal, que dirigiu ainda “uma palavra de apreço à Gapi, pela sua abertura em abraçar esta nobre missão”.

Aos potenciais beneficiários, a Mozal diz esperar que este não seja visto como mais um projecto nas suas vidas, mas sim como o começo de uma jornada de mudança positiva na gestão e desenvolvimento dos seus negócios.

Guilhermina Gaspar Kumaghwelo, administradora do distrito de Boane, disse, em representação do Governador da Província, que “para o Governo é um facto assente que o desenvolvimento de qualquer circunscrição territorial está alicerçado ao investimento que se faz nos recursos humanos.

Boane e Mozal estão engajados nesta visão e, com a parceria estratégica que fez com a Gapi, como implementadora, vai se alcançar os resultados pretendidos”.

O Nhluvuko é um exemplo de uma parceira entre duas instituições com créditos firmados e reputação irrepreensível.

Através desta parceria, uma multinacional, como a Mozal, e a mais antiga e resiliente instituição financeira de desenvolvimento moçambicana unem recursos e competências para promover o desenvolvimento económico local, a geração de empregos e a inclusão social.

“Este modelo de parceria é uma alternativa mais sustentável do que os tradicionais programas de responsabilidade social onde predomina a caridade.

As comunidades envolventes dos mega-projectos precisam de ser empoderadas através do reforço das capacidades dos seus empreendedores com uma visão de sustentabilidade e de longo prazo”, disse Adolfo Muholove, presidente da Comissão Executiva da Gapi, acrescentando que “é por isso que este projecto não é só um contributo para o desenvolvimento destes distritos, mas também e sobretudo um modelo inovador para uma melhor integração de mega-projectos nas comunidades locais”.