Eduardo Sengo acusa Banco de Moçambique de hipotecar o desenvolvimento económico nacional

Eduardo Sengo acusa Banco de Moçambique de hipotecar o desenvolvimento económico nacional

O Economista e Assessor Económico da Confederação das Associações Económicas de Moçambique – CTA, Eduardo Sengo, acusa o Banco de Moçambique (BM) de esta a travar o desenvolvimento do país por negar-se a resolver a falta de liquidez em moeda nacional e estrangeira no país.

Para Sengo, o Banco Central insiste numa visão equivocada ou distante da realidade sobre a real situação do mercado financeiro nacional no que concerne à disponibilidade de moeda.

Segundo Sengo, a instituição liderada por Rogério Zandamela assume a questão da falta de divisas como um “falso problema”, apesar de a CTA estar a reportar a questão há cerca de três anos.

“Se estamos há três anos a falar de um certo problema, não pode ser um falso problema, mas se o for, o BM tem a capacidade técnica e de acesso à informação para produzir uma análise ou estudo e o apresentar a todos” indicando a existência de dólares no mercado, ou propor soluções para resolução dos problemas que verificar, na sua qualidade de regulador do sistema cambial.

“Se nós não fazemos isso estamos a hipotecar o crescimento económico, mas emprego de muitas pessoas. Se [o BM] não o faz, e passa a vida a repetir esse disco riscado de há divisas no mercado, só podemos dizer que não está a levar o assunto como o deveria fazer” disse.

Conforme referiu, já está a ser impossível de negar a inexistência de divisas, até porque os sinais revelaram-se. A título ilustrativo, apontou a escassez de combustível no mercado nacional que se faz sentir há algumas semanas.

“E nós avisamos que teríamos problemas de combustível. E está aí a acontecer” recordou, lamentando o facto de haver  alguém a dizer “não há problema”.

Na perspectiva do economista, que falava esta tarde no CIP Cast, pode-se aventar a possibilidade de intervenção do Presidente da República para resolver essa questão, tal como o fez com bancos comerciais que, após um diálogo com Daniel Chapo, acordaram em apoiar a recuperação do sector empresarial no pós-manifestações eleitorais.

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