Os procuradores que investigam o envolvimento de Manuel Chang, o antigo Ministro moçambicano das Finanças, no escândalo das Dívidas Ocultas (2,7 mil milhões de dólares), alegam ter provas de que o valor pago em subornos é maior do que se tem afirmado até então.
De acordo com o portal Voz da América Português, aqueles homens de justiça dizem que podem provar que foram pagos em suborno mais 13 milhões de dólares norte-americanos, além dos cinco milhões de dólares de subornos que Manuel Chang recebeu da Privinvest para benefício próprio.
Manuel Chang foi extraditado da África do Sul para os Estados Unidos da América na manhã de quarta-feira (12). No dia seguinte, apresentou-se, pela primeira vez, ao juiz distrital de Brooklyn (Nova Iorque), Nicholas Garaufis. Na audiência alegou ser inocente dos três crimes de fraude que pesam sobre si. Fixou fiança de um milhão de dólares para obter liberdade provisória. O juiz recusou o pedido, argumentando que Chang é um indivíduo com alto potencial para fugir.
Os advogados de Chang reconhecem e afirmam que ele assinou os documentos para a emissão dos títulos no cumprimento do seu papel como Ministro das Finanças.
“Pela sua posição ele assinou-os, mas não foi sua decisão”, disse o advogado Adam Ford.
“As evidências sobre sua responsabilidade são fortes”, afirmou o juiz Garaufis, negando a liberdade sob fiança.
Chang é acusado de fraude electrónica, fraude de valores imobiliários e lavagem de dinheiro, e de ter sido subornado pela companhia Privinvest para garantir o apoio do governo à emissão de dois mil milhões de dólares de títulos de dívida.
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