​Dívidas Ocultas: Acordos com bancos europeus restaura credibilidade de Moçambique no sistema financeiro internacional, diz economista

​Dívidas Ocultas: Acordos com bancos europeus restaura credibilidade de Moçambique no sistema financeiro internacional, diz economista

Moçambique pode ganhar credibilidade no mercado financeiro internacional em decorrência do acordo alcançado, este final de semana, segundo o economista Elcídio Bachita.

“Este acordo cria uma restauração da credibilidade do nosso país a nível do mercado de capitais e dos sistema financeiro internacional. Significa que Moçambique passa a ter um mercado financeiro internacional cada vez mais aberto e poderá aceder a créditos e empréstimos a preços relativamente mais competitivos”, disse.

Disse o economista em entrevista à Rádio Moçambique que o acordo vai abrir caminhos para o crescimento da economia moçambicana criando um fôlego e melhoria na programação orçamental por parte do Estado.

O Ministro da Economia e Finanças, Max Tonela, anunciou, na segunda-feira, o alcance de um acordo extrajudicial com três bancos europeus para o alívio das dívidas no âmbito de um processo iniciado em Londres em Fevereiro de 2019.

Entretanto, a sentença do acordo será apresentada a 17 de Julho pelo Tribunal de Londres, e segundo Elcídio Bachita, Moçambique pode ganhar a causa.

“Penso que Moçambique vai ganhar a causa. Quando as partes decidiram alcançar um acordo extrajudicial com Moçambique significa que eles já não querem mais continuar com essa situação de litígios”, referiu, notando que uma resolução do processo meramente judicial “poderia acarretar muitos custos e consequências devastadoras para o país”.

Por outro lado, entende que Moçambique poderá ganhar um processo contra a PrivInvest caso, em sede de diálogo, as partes não cheguem a um acordo, mesmo com o carácter ilegal da dívida.

A PrivInvest foi a instituição responsável por orquestrar o esquema de contratação ilegal de dívida, colocando no circuito dirigentes seniores da nação moçambicana e pessoas próximas.

“Há uma necessidade de a PrivInvest ser responsabilizada criminalmente no sentido de fazer uma compensação ao Estado moçambicano com cerca de dois mil milhões de dólares norte-americanos”, disse. (Foto: Julgamento do caso das ​Dívidas Ocultas, em Maputo).

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