Comemorou-se esta terça-feira, 4 de Março, o Dia Mundial da Obesidade, um dado criado para sensibilizar sobre o aumento do excesso de peso e da obesidade a nível global. Segundo o World Obesity Atlas 2023, publicado pela Federação Mundial da Obesidade, estima-se que mais de 4 mil milhões de pessoas estarão livres com sobrepeso ou obesidade até 2035, representando 51% da população mundial.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta que a obesidade é um dos principais factores de risco para várias doenças não transmissíveis, incluindo diabetes tipo 2, doenças cardiovasculares e alguns tipos de cancro. Para além dos impactos na saúde, o aumento da obesidade acarreta custos económicos elevados. O relatório da Federação Mundial da Obesidade prevê que, até 2035, o custo global associado ao excesso de peso ultrapasse os 4 bilhões de dólares anuais, correspondendo a cerca de 3% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial.

Nas últimas décadas, os índices de obesidade mais do que duplicaram entre adultos e quadruplicaram entre crianças e adolescentes. Em 2022, segundo dados da OMS, cerca de 43% dos adultos estavam com sobrepeso e 16% viviam com obesidade. Entre as crianças menores de 5 anos, 37 milhões estavam acima do peso, o que evidencia a necessidade de medidas urgentes para reverter esta tendência.

A Organização Regional Africana da OMS destaca que a obesidade está a crescer rapidamente em muitos países do continente, incluindo Moçambique, onde as mudanças nos padrões alimentares, o sedentarismo e o acesso limitado a alimentos saudáveis ​​têm contribuído para o aumento do problema. A urbanização acelerada e o consumo de produtos ultraprocessados ​​são alguns dos fatores que agravam a situação.

Para enfrentar esta crise de saúde pública, a OMS e a Federação Mundial da Obesidade recomendam políticas que incentivem hábitos saudáveis, promovam a prática de atividade física e garantam o acesso a serviços de saúde para prevenção e tratamento da obesidade. A consciencialização da população sobre uma alimentação equilibrada e a necessidade de combater o sedentarismo são fundamentais para travar o aumento da obesidade e reduzir os seus impactos na saúde e na economia. (MISA)