Um funcionário do Hospital Provincial de Chimoio (HPC), em Manica, está detido indiciado pelo crime de burla, no valor de cerca de 600 mil meticais, a mais de dez cidadãos.
O suspeito, cujo nome não foi possível identificar, está detido desde a última quinta-feira (18). O mesmo é acusado de exigir dinheiro com promessa de vaga de emprego no sector de saúde.
Os valores cobrados variavam de acordo com o interesse de cada cidadão. Para o ingresso na área técnica, o burlador cobrava 80 mil meticais e para agentes de serviço exigia 50 mil meticais.
Os valores eram pagos em duas prestações, sendo metade do valor para cada uma das vagas.
Citado pela AIM, o porta-voz do Serviço de Investigação Criminal (SERNIC) em Manica, Paulo Candeeiro explicou esta segunda-feira (22), em Chimoio, que a detenção do indivíduo foi possível graças a denúncias feitas pelas vítimas.
“Recebemos a denúncia sobre este cidadão que é indiciado de cobrar valores monetários a vários cidadãos com a promessa de emprego na saúde. Iniciamos um trabalho de investigação e culminou com a sua detenção”, contou Paulo Candeeiro.
De acordo com a fonte, “das investigações feitas está claro que ele realmente recebeu alguns valores através de transferência via telemóvel”.
“Os valores variavam e cada um dos burlados foi enviando o dinheiro. Daí que fizemos este trabalho para que este indivíduo seja responsabilizado”, acrescentou Paulo Candeeiro.
Entretanto, o suspeito confirma a prática deste crime e explica que conseguiu vagas para alguns cidadãos e faltavam apenas dois que fizeram a denúncia.
“Consegui as vagas para outros que pagaram. Faltam dois que tentei contactar alguns amigos que também estão envolvidos neste caso, mas ainda não consegui. Sim, recebi o dinheiro e falei com o chefe dos recursos humanos em como eram meus familiares”, referiu.
Já a directora do Hospital Provincial de Chimoio, Marília Pugas, disse que a direcção daquela unidade sanitária, a maior da província de Manica, distancia-se dos este crime e pede a colaboração dos burlados junto às instituições de justiça.
“Tomamos conhecimento através dos órgãos de comunicação social. O nosso apelo é dirigido a todos os lesados para que colaborem com a justiça para que seja desmantelada toda a rede de burladores”, disse Pugas.
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