O desempenho macroeconómico de Moçambique situou-se em 41.1%, abaixo das previsões do Plano Económico e Social e Orçamento do Estado (PESOE) para o primeiro semestre de 2023, revela um relatório do Ministério da Economia e Finanças (MEF).
No documento consultado hoje pelo MZNews, o MEF demonstra optimismo nos resultados, e atribui o grau de realização a choques multidimensionais.
“O PESOE foi implementado num ambiente em que a economia nacional continua a registar sinais de recuperação a avaliar pelo desempenho que tem vindo a registar-se desde 2021, após a pandemia da covid-19. Esta tendência é acompanhada por pressões inflaccionárias decorrentes da conjuntura internacional caracterizada por incertezas devido ao conflito geopolítico entre a Rússia e a Ucrânia, e o impacto dos recentes choques climáticos que tem afectado ciclicamente o país”, lê-se.
O MEF recorda, contudo, que nesse período o país foi assolado por eventos climácticos desastrosos, como ventos e chuvas intensas, Ciclone Freedy; cheias e inundações em algumas Cidades e Vilas.
Entre os indicadores macroeconómicos que, conjugados com os objectivos do PESOE para o semestre, contribuíram para esse crescimento destacam-se: a taxa de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 4.42%, de uma previsão de 5%, significando uma evolução de 0.05% se comparado ao ano passado, 4.37%; a manutenção da inflacção média anual em 10.59%, de uma previsão de 11.50%, e uma subida de 2.98%, se comparado com o ano passado que rondou em 7.61%; e, a arrecadação de 1.699 milhões de dólares em exportações de bens, quando a meta era 8,806 milhões de dólares (-7.107 milhões de dólares), e -2,153.96 se comparado com 2022, quando se arrecadou 3,852.96 milhões de dólares.
O PESOE tinha como outros objectivos para os primeiros seis meses do ano, constituir Reservas Internacionais Líquidas no valor de 2,936.6 milhões de dólares correspondentes a três meses de cobertura das importações de bens e serviços não factoriais, e assegurar um padrão de absorção interna que permita alcançar um gradual realinhamento entre os equilíbrios macroeconómicos interno e externo, a médio e longo prazos.
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