Démarches de Nyusi têm sido estéreis, segundo Albano Carige

Démarches de Nyusi têm sido estéreis, segundo Albano Carige

O Presidente da República, Filipe Nyusi, tem mantido encontros com vários quadrantes da sociedade para procurar soluções visando ao fim das manifestações pós-eleitorais em Moçambique. Para Carige, o prazo de Nyusi na Presidência para apresentar resultados é utópico.

Entretanto, esses encontros sucedem a uma primeira tentativa de chegar a bom-porto junto dos líderes de partidos políticos. Dos quatro candidatos presidenciais convidados por Nyusi, faltou ao encontro Venâncio Mondlane, suportado pelo Partido Optimista para o Desenvolvimento de Moçambique. A reunião não prosseguiu. De lá até então os encontros foram com diversas partes da sociedade como académicos, empresários e religiosos. Parece que as Organizações da Sociedade Civil ainda não foram convidadas…

Segundo o Presidente do Município da Beira, Albano Carige, as conversações entre Nyusi e alguns grupos sociais ainda não revelaram os resultados. Ele teceu críticas sobre essas conversações, uma vez que Nyusi está a menos de um mês do fim do segundo mandato.

“O que não nos faz calar é que o PR tem apenas 30 dias até 15 de Janeiro e ele deixa de ser PR. No entanto, existem todas estas démarches cujo resultado não vemos” disse, ontem, em conferência de imprensa.

Para Carige, não é compreensível uma suposta falta de contínuos esforços ou vontade política para Nyusi, de facto, manter uma “conversa de paz” com Venâncio Mondlane, que convoca as manifestações.

“O que é mesmo que o PR faz com estes todos extractos, com tem mantido reuniões”? questionou, acusando-o de “estar a brincar com os moçambicanos”.

Na perspectiva de Albano Carige, os encontros são medidas que, de antemão, se sabe serem infrutíferas, pois, “ele está a gerir os seus 30 dias para deixar o país e dizer que fez alguma coisa”.

O autarca criticou o facto de nas suas aparições, Nyusi demonstrar maior preocupação com as mortes de polícias do que com as de civis. Apelou para o PR também demonstrar condescendência para os civis que perecem nas manifestações.

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