A defesa nacional entende que os Naparamas estão a criar instabilidade que periga a segurança pública dos cidadãos e comunidades em algumas províncias do país, de tal ordem que podem suscitar e justificar intervenção militar.
O Ministro da Defesa Nacional disse a jornalistas que as acções dos Naparamas, pela sua natureza, são do domínio do Ministério do Interior, mas não descartou a possibilidade de intervenção militar para repor a ordem.
“É uma situação de segurança pública. Se a situação do Naparamas continuar a perigar, tal como está a acontecer, a integridade física dos cidadãos, e também das comunidades, onde quer que seja, é nosso papel, como Força de Defesa e Segurança, assegurar que tal não tenha continuidade” avisou, Cristóvão Chume.
Chume falava no Centro de Análise Estratégica da Comunidade de Países de Língua Portuguesa, à margem da cerimónia da tomada de posse do novo Director, Capitão de Mar e Guerra, João Carlos Pires.
Discursando no evento, o Ministro reconheceu que a instabilidade que o país viveu no período pós-eleitoral despoletou algumas fragilidades ao nível da segurança. Para Chume, nem a sociedade, nem o Estado estavam preparados “para o que vivemos”.
“As Forças de Defesa de Segurança foram chamadas a responder a essa situação de quase Estado de Sítio, imposta através de redes sociais, onde a afronta à Lei, a integridade, a queima da dignidade individual e colectiva eram o dia-a-dia” notou, alertando que tal tipo de situação “pode abrir espaço para a expansão do terrorismo em Moçambique”.
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