Um estudo laboratorial da Universidade de Oxford concluiu que a administração de três doses da vacina Vaxzevria, da AstraZeneca, combate a variante ómicron da covid-19 com a mesma eficácia de duas doses para a estirpe delta, disse esta quinta-feira, a farmacêutica.
O estudo ainda carece de uma revisão de pares, porém, o resultado corresponde aos da Pfizer-BioNTech e Moderna, que também alegam que a dose de reforço de suas vacinas protege contra ómicron.
Os investigadores da Universidade de Oxford que realizaram o estudo eram independentes dos que trabalharam na vacina com a AstraZeneca, disse a farmacêutica.
O estudo de Oxford analisou amostras de sangue dos infectados com COVID-19, dos vacinados com duas doses e um reforço, e dos anteriormente infectados com outras variantes de preocupação. Incluiu amostras de 41 pessoas a quem foram administradas três doses de Vaxzevria.
Os níveis de anticorpos contra a ómicron após a injecção da terceira dose eram mais elevados do que os anticorpos em pessoas que tinham sido infectadas e recuperaram naturalmente da doença, acrescentou o fabricante de medicamentos.
“À medida que compreendemos melhor a ómicron, acreditamos que a resposta das células ‘T’ proporciona uma protecção duradoura contra doenças graves e hospitalizações”, disse Mene Pangalos, chefe da I&D biofarmacêutica da AstraZeneca, referindo-se a um componente crítico do sistema imunitário que responde para combater a infecção.
Embora os primeiros dados sejam positivos para a empresa, a AstraZeneca disse, na terça-feira, que estava a trabalhar com o seu parceiro a Universidade de Oxford para produzir uma vacina à medida da ómicron, juntando-se a esforços semelhantes de outros fabricantes de vacinas.