A variante da covid-19, ómicron, está a ditar o recrudescimento de casos da doença em Moçambique, mas com um número de óbitos ainda baixo, revelando, assim, a sua elevada taxa de transmissibilidades. Só na semana passada foram registados 19.100 casos de infecção.

“Isto traduz um aumento exponencial que é característico de uma vaga com o número de casos detectados muito altos”, disse o Director para a Área de Inquéritos e Observação de Saúde do INS, constatando que semanalmente são testadas cerca de 8.000 amostras.

Segundo Sérgio Chicumbe isto está claro, uma vez que das amostras seleccionadas para testagem “a variante ómicron domina por completo os dados” e todos os casos registados em Dezembro de 2021 “correspondem inteiramente a esta variante”.

A última actualização do Ministério da Saúde indica que, só na última semana, os casos activos passaram de 17.623 para 36.733, ou seja, mais 19.100, até quarta-feira (05), apesar de ‘inexistir’ uma tendência alarmante de perda de vidas.

Para Sérgio Chicumbe isto ainda permite que a “vida social” prossiga ao ritmo actual, embora com cuidados preventivos reforçados.

As conclusões de que a variante ómicron é dominante em várias províncias de Moçambique resulta de análises qualitativas de genotipagem que estão a ser desenvolvidas pelo Instituto Nacional de Saúde de Moçambique, através da Rede Nacional de Vigilância Genómica do SARS-CoV-2, mas o número específico ou a percentagem de pessoas infectadas por esta variante só será conhecida depois das análises quantitativas.