Covid-19. Estudo sul-africano oferece esperança antes do segundo Natal da pandemia

Covid-19. Estudo sul-africano oferece esperança antes do segundo Natal da pandemia

Os dados sul-africanos ofereceram uma réstia de esperança, na quarta-feira, sobre a gravidade da variante do ómicron coronavírus, mas os funcionários da Organização Mundial de Saúde advertiram que era demasiado cedo para tirar conclusões precisas à medida que a estirpe se espalhava pelo mundo.

Um estudo do National Institute for Communicable Diseases (NICD) da África do Sul sugeriu que os infectados com ómicron tinham muito menos probabilidades de serem internados relactivamente aos infectados com a estirpe delta.

O estudo, que não foi revisto pelos pares, comparou os dados sul-africanos da ómicron, de Outubro e Novembro, com dados sobre delta, entre Abril e Novembro.

“Na África do Sul, esta é a epidemiologia: a ómicron está a comportar-se de uma forma menos severa”, disse a Professora Cheryl Cohen do NICD.

“De forma convincente, juntos os nossos dados sugerem uma história positiva de uma gravidade reduzida da ómicron em comparação com outras variantes”, observou, destacando que a maioria das pessoas já teve, pelo menos, uma infecção pela covid-19 e, por isso, poderia apresentar um nível de imunidade mais elevado.

A informação positiva foi reforçada pela investigação do Imperial College de Londres, segundo o qual o risco de necessidade de permanecer no hospital para pacientes com ómicron era 40% a 45% mais baixo do que para pacientes com delta.

Contudo, a líder técnica da OMS na COVID-19, Maria van Kerkhove, disse que a agência da ONU não tinha dados suficientes para tirar conclusões firmes.

Os dados ainda estavam “confusos”, disse num briefing em Genebra.

“Não vimos esta variante circular por tempo suficiente em populações de todo o mundo, certamente em populações vulneráveis. Temos vindo a pedir aos países que sejam cautelosos, e que pensem realmente, especialmente à medida que as férias estão a chegar”, apelou.

O chefe europeu da OMS, Hans Kluge, disse em Bruxelas que eram necessárias três a quatro semanas para determinar a severidade da ómicron e que seria, provavelmente, a principal estirpe do coronavírus na Europa.

“Não há dúvida que a Europa é mais uma vez o epicentro da pandemia global, mas não há razão para pânico. A boa notícia é… nós sabemos o que fazer”, disse Kluge.

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