A economia chinesa registou um crescimento homólogo de 4,8%, no primeiro trimestre, abaixo da meta estipulada por Pequim, numa altura em que a disseminação de surtos de covid-19 resulta no confinamento de importantes centros industriais.
Segundo um comunicado citado pela agência Lusa, o crescimento acelerou, em relação ao ritmo de 4% atingido no trimestre anterior, quando o governo chinês restringiu o acesso ao crédito pelo vasto sector imobiliário do país.
O crescimento no período entre Janeiro e Março ficou, no entanto, abaixo da meta oficial de “cerca de 5,5%”, estipulada pelo Partido Comunista Chinês para este ano, e que os analistas apontam ser difícil de atingir, a não ser que o governo avance com grandes estímulos.
Os gastos nos sectores retalho e manufatureiro, e o investimento em fábricas, imóveis e outros ativos fixos, aumentaram.
“A recuperação da economia nacional foi sustentada e a gestão da economia foi geralmente estável”, apontou Fu Linghui, porta-voz do Gabinete Nacional de Estatísticas (GNE) chinês, em comunicado.
Contudo, as vendas a retalho, um indicador dos gastos do consumidor, caíram 3,5%, em Março, a primeira contração desde Julho de 2020 à medida que as autoridades endureceram as medidas anti pandemia, visando combater o surto mais grave no país em mais de dois anos.
A cidade, que é o centro financeiro da China e sede de um dos porto mais movimentado do mundo, permanece praticamente isolada, com os seus 25 milhões de moradores proibidos de sair de casa.
O surto eclodiu num momento precário para a economia da China, após uma crise de dívida no sector imobiliário, durante a segunda metade de 2021.
A meta de 5,5% para 2022 é a menor em três décadas.
Fonte: Lusa