Apostar na transformação digital das empresas moçambicanas é, indubitavelmente, o maior desígnio da Cegid Primavera. Com efeito, a empresa apresentou, hoje, na Feira Internacional de Maputo, uma solução que permite a gestão digital de dados, incluindo impostos.
Trata-se do Cegid Primavera ERP Evolution, um recurso digital e inovador capaz de se adaptar às particularidades de cada empresa. Na verdade, as soluções estão já estruturadas para acolher as Pequenas Empresas e as Médias e Grandes Empresas.
“É uma solução de gestão completa, que incorpora várias ferramentas, não apenas na parte transaccional para a realização de tarefas, mas também muita componente de análise de dados”, disse o Gestor Territorial para Moçambique e Angola, José Simões.
A Cegid – um grupo francês – está em 22 países, e as soluções são utilizadas em mais de 130. Só na Ibéria, América Latina e África – Moçambique (há mais de 20 anos), Angola e Cabo Verde – factura cerca de 150 milhões de euros.
O propósito de trazer este recurso a Moçambique é, segundo José Simões, para responder à evolução do mercado, mas também pela massificação de uso de tecnologias entre os jovens.
Na visão da Cegid Primavera, este é o momento em que as empresas precisam de “pensar digital”. Isto implica, necessariamente, encontrar formas seguras de análise, partilha e armazenamento de informação.
Neste sentido, “estamos focados em capacitar as pessoas que vão trabalhar com essa tecnologia e trazer ferramentas que lhes apresentem os dados das operações em si”, referiu.
A ferramenta propõe maior transparência na gestão de informação, bem como na relação entre as empresas e seus stakeholders.
Em Moçambique, a empresa tem um portefólio de empresas que utilizam os seus serviços e são assistidos por mais de 100 técnicos moçambicanos certificados. Entretanto, a máquina estatal – a Autoridade Tributária e o Instituto Nacional de Segurança Social – está, igualmente, a ‘experimentar’ essa evolução tecnológica no tratamento dos impostos.
José Simões disse que é cada vez maior o interesse do Estado em aderir à ferramenta. Por isso, prevê maior adesão da solução pelas Pequenas Empresas e Médias e Grandes Empresas, “mas só quando o Estado pressionar”.
“Isto é um processo que tem de continuar. É claro que vai evoluir para um momento em que a própria administração tributária vai trazer o conceito de impostos digitais e isso vai aumentar a pressão sobre as empresas. Nós estamos a querer, antecipadamente, preparar esse mercado”, clarificou.
Por outro lado, prevê-se que essa evolução leve os departamentos de Tecnologias de Informação (IT) a ocupar, progressivamente, espaços de maior relevo dentro das empresas e, em paralelo, vai se exigir domínio de ferramentas tecnológicas aos profissionais de outros departamentos – “até porque Moçambique é um país muito exposto a crimes cibernéticos.”
“Cada vez mais o IT tem de perceber e estar muito próximo do negócio, tomar decisões relevantes. Não há volta a dar! Isto é fundamental que aconteça aqui em Moçambique para as empresas apresentarem um modelo de negócio satisfatório para seus stakeholders” frisou.
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