O Tribunal Judicial da Província de Maputo adiou o início do julgamento do caso de assassinato do jornalista moçambicano João Chamusse.
Esta é a segunda vez que isto ocorre, e nesta parece não ter havido uma justificação.
O início do julgamento foi adiado de 08 de Agosto para 15 de Agosto. Esta quinta-feira (15.08), foi novamente adiada para o dia 29 de deste mês.
O processo tem um único arguido. Trata-se de Elias Ezequiel Ndlate, de 24 anos, cobrador de profissão e vizinho da vítima. Segundo a acusação de 18 de Junho de 2024, o Ministério Público (MP) acusa o jovem pelo crime de roubo agravado (roubo concorrendo com o crime de homicídio), previsto e punido pela conjugação dos artigos 279, n° 1, e 280, n° 3, ambos do Código Penal.
Espera-se que sejam ouvidos 19 declarantes. Entre eles está Anabela Ernesto Sitoe, funcionária do Secretariado Técnico de Administração Eleitoral, no distrito da Katembe.
De acordo com o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD), Sitoe foi acusada pelo Ministério Público (MP) de ser a mandante do assassinato. “…um dos acusados havia alegado, na presença do Ministério Público, que ela prometeu 50.000,00 meticais em troca da vida do jornalista”.
A família de Chamusse, os vizinhos e a sociedade esperam que este processo revele a verdade e que os responsáveis sejam exemplarmente punidos, não apenas pelo assassinato, mas também pelo atentado à liberdade de imprensa no nosso país. O jornalista João Chamusse foi assassinado na madrugada de quinta-feira, 14 de Dezembro, na sua residência, no distrito da KaTembe, município da Cidade de Maputo.
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