A mineradora australiana Syrah Resources declarou “Força Maior” na quarta-feira e suspendeu as suas operações na mina de Balama, na província de Cabo Delgado, em consequência da actual situação sócio-política.

Um comunicado emitido hoje pela companhia destaca que tal medida tem que ver com a progressão dos protestos pós-eleitorais que já afectam várias empresas mineiras.

O documento nota que as manifestações limitaram as acções de contenção por parte das estruturas governamentais ao nível central como em Balama.

Não obstante “as acções de protesto em Balama, originalmente ligadas a um pequeno grupo de agricultores com queixas históricas de reassentamento de terras agrícolas, iniciou no final de Setembro de 2024, impedindo a capacidade da Syrah de conduzir operações nas instalações de Balama…. A maioria do pessoal operacional foi desmobilizada do local e permanece uma presença de segurança contratada completa no local” lê-se no documento.

Fora de portas, a medida levou a Syrah perder em até 32% o valor de suas acções, sendo negociadas a 19,25 centavos de dólares australianos.

“Os impactos e a duração das ações de protesto desencadearam eventos de inadimplência nos empréstimos da Companhia com os Estados Unidos Corporação Financeira de Desenvolvimento Internacional (“DFC”) e Departamento de Energia dos Estados Unidos (“DOE”). Syrah é envolver-se com DFC e DOE em relação a esses eventos de inadimplência” lê-se.

A companhia recebeu, recentemente, um empréstimo de 150 milhões de dólares da DFC para apoiar as operações de grafite em Balama.

Em Moçambique a Syrah Resources actua através da subsidiária Twigg Exploration and Mining, Limitada (“Twigg”).