Cabo Delgado: Missão de formação da UE deverá começar com 200 a 300 militares

O chefe da diplomacia europeia revelou em entrevista à rádio portuguesa Renascença que a UE pondera o envio de 200 a 300 formadores militares para Moçambique. Josep Borrell, entretanto, admitiu que negociação está lenta.

À margem do Conselho de Negócios Estrangeiros que reuniu em Bruxelas, na passada quinta feira (06.05), os ministros da Defesa da União Europeia (UE), Josep Borrell garantiu o envio a Moçambique de uma missão de formação militar da UE, em resposta ao pedido de assistência do país.

Numa entrevista ao órgão português, Renascença, publicada esta segunda feira (10.05), O Alto Representante da União Europeia para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança revela que a União Europeia pondera o envio inicial de 200 a 300 formadores militares para Moçambique.

Borrell admitiu também que o processo negocial está a ser lento em Bruxelas.

“A formação não é pouca coisa. Os exércitos necessitam de ser formados. Estamos a fazer muita formação em África e espero que os estados-membros se ponham de acordo para o fazer em Moçambique”, explicou.

Presente no encontro em Bruxelas, João Cravinho, ministro da Defesa português, confirmou que Portugal poderá contribuir com militares até 50% da missão da UE. No entanto, Borrell avança, na mesma entrevista, que a dimensão da participação portuguesa está ainda a ser definida.

“Se é com metade ou com um terço, não sei. Mas é claro que Portugal tem um papel muito importante a desempenhar como motor e participante”.

O que está a ser pensado para Moçambique trata-se de uma missão não executiva, que não vai estar situada na zona onde há conflitos, e dedicada essencialmente à formação de forças especiais moçambicanas, esclareceu na semana passada, o ministro da Defesa de Portugal.

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