A insegurança na província de Cabo Delgado, causada por recorrentes ataques terroristas, compromete a confiança de investidores internacionais e o desenvolvimento sócio-económico de Moçambique, segundo o Centro para Democracia e Direitos Humanos (CDD).
Conforme o CDD, apesar dos recentes sinais positivos de gigantes petrolíferas como a TotalEnergies e a ExxonMobil para avançar com seus projectos de exploração de gás natural liquefeito, os sucessivos adiamentos para as Decisões Finais de Investimento impactam negativamente a economia moçambicana, no sentido em que as expectativas de, por exemplo, liquidar dívidas através dos royalties ficam hipotecadas.
E, porque isso é motivado, em maior medida, pelo recrudescimento de ataques terroristas na província, as empresas são obrigadas a fazer muito mais investimentos com a segurança para proteger suas instalações.
“Esses custos são recuperáveis sob o contrato de partilha de produção com o governo moçambicano, mas a demora na exploração e os custos adicionais com a paralisação das actividades podem impactar a rentabilidade do projecto a médio e longo prazo” escreve o CDD.
Neste sentido, em que as expectativas de desenvolvimento estão a ser postergadas, a Organização Não-Governamental (ONG) defende soluções inclusivas para reanimar a economia já fragilizada, olhando para esses investimentos das petrolíferas.
“O caminho para a estabilidade em Cabo Delgado exige uma estratégia de longo prazo, que combine segurança, desenvolvimento económico e respeito aos direitos humanos” avança.
A busca por estabilidade em Cabo Delgado deve ser uma prioridade para o governo moçambicano, as empresas envolvidas e a comunidade internacional, para que a província e o país no geral, possam alcançar um futuro próspero e seguro, conclui.
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