A Amnistia Internacional (AI) exige investigação urgente da Procuradoria-Geral da República (PGR) para esclarecer o desaparecimento do jornalista Arlindo Chissale, desaparecido desde Janeiro.
Em uma carta de 17 de Março de 2025, dirigida ao PGR, Américo Letela, a AI demanda que as acções para desvendar o caso seja claras, transparentes e imparciais, bem como a que o seu destino e paradeiro sejam revelados.
Leia aqui sobre o desaparecimento de Chissale, jornalista e apoiante do projecto político do principal opositor do partido no poder, Venâncio Mondlane.
“Todos os suspeitos de serem responsáveis devem ser levados à justiça em julgamentos justos. As autoridades devem dar seguimento a todas as pistas existentes para esclarecer publicamente onde se encontra Arlindo Chissale e como e por que foi forçado a desaparecer” lê-se.
No mesmo documento, a AI critica o facto de apesar de a família e testemunhas terem apresentado a denúncia à Polícia da República de Moçambique em Cabo Delgado, até então não ter havido algum esclarecimento sobre o início ou prosseguimento de alguma investigação.
Lamenta ainda a aparente falta de coordenação entre a PRM e o Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) uma vez que a polícia terá dito que o caso foi encaminhado para o SERNIC, mas esta entidade, através do porta-voz, declinou a recepção de qualquer carta sobre o assunto.
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