O Banco de Moçambique (BM) disponibilizou no mercado nacional moeda estrangeira na ordem de 250 milhões de dólares (cerca de 55 mil milhões de meticais), desde finais de Janeiro a esta parte para responder à demanda.
Segundo avança o Notícias, a informação foi dada pelo Governador da instituição, Rogério Zandamela, recentemente num briefing com a comunicação social.
Aliás, foi na mesma ocasião em que Zandamela disse não haver necessidade de se mexer no coeficiente de reservas obrigatórias, até porque a situação actual é de assegurando conforto, denotando não haver escassez de moeda estrangeira, como alega o empresariado.
Na primeira reunião do CPMO em finais de Janeiro o Banco Central anunciou a redução dos coeficientes de reservas obrigatórias para os passivos em moeda nacional, de 39 para 29 por cento e em moeda estrangeira de 39,50 para 29,50 por cento.
“Agora estamos tranquilos, achamos que a decisão que foi tomada foi acertada e deu, no geral, resultados que nós esperávamos”, disse o governador.
Acrescentou que as últimas mexidas foram feitas porque os indicadores mostravam a existência de um défice de liquidez no mercado, situação que no seu entendimento não é a que se verifica actualmente.
Pela verdade ou não, factos largamente reportados revelam escassez, por exemplo, de combustíveis em todo o país, o que se diz estar inteiramente relacionado à escassez de divisas em moeda estrangeira e o receio dos bancos comerciais em aceitar as propostas de garantias dos fornecedores de combustíveis.
Outrossim, algumas indústrias, como a de panificação, já avançaram com a possibilidade de o sector viver um período de crises, uma vez que as indústrias de processamento de grão de milho enfrentam dificuldades para importar a matéria-prima pela escassez de moeda estrangeira.
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