BM desembolsa USD 12 mil milhões para segurança alimentar

O Plano de Acção das Instituições Financeiras Internacionais para Lidar com a Insegurança Alimentar do Banco Mundial (BM) avança que a instituição tem disponíveis 12 mil milhões de dólares para, nos próximos 15 meses, apoiar os países a responderem à crise de segurança alimentar.

A maior parte da verba destina-se à África e Médio Oriente, que receberá 6,9 mil milhões de dólares, seguido da Europa e Ásia Central (1,9 mil milhões de dólares) e Ásia Austral (2,4 mil milhões de dólares).

“A instituição está a trabalhar com os países na preparação de vários projectos, no valor de 12 mil milhões de dólares nos próximos 15 meses para responder à crise de insegurança alimentar”, lê-se no documento que sintetiza as principais acções de cada um dos seis bancos multilaterais, que participam neste esforço conjunto.

Os projectos, ainda por concluir, incluem o apoio à agricultura (5,2 mil milhões de dólares), protecção social para acomodar o impacto nos rendimentos devido ao aumento dos preços dos alimentos (3,3 mil milhões de dólares) e sistemas de água e irrigação (dois mil milhões de dólares)”, lê-se.

Além destas verbas, o Banco Mundial tem mais 18,7 mil milhões de dólares que ainda não foram desembolsados no âmbito do apoio aos projectos de desenvolvimento um pouco por todo o mundo, dos quais 15 mil milhões de dólares irão para África e que, no total, deverão ser alargados para 30 mil milhões de dólares.

“Esta resposta será ancorada em todos os instrumentos de financiamento do Banco, incluindo o financiamento de investimentos específicos, desembolsos contra resultados e apoio a políticas de desenvolvimento”, diz a instituição financeira.

No Plano, detalham-se os programas de apoio à resiliência climática em curso e apresentam exemplos de iniciativas para mitigar a crise alimentar decorrente da guerra entre Rússia e Ucrânia.

“As instituições financeiras internacionais têm um registo sólido e já fazem significativas contribuições financeiras e técnicas para a arquitetura global da segurança alimentar, que inclui doadores bilaterais, agências de alimentação e agricultura das Nações Unidas, fundos intermediários específicos por sector e organizações filantrópicas, entre outros actores importantes”, lê-se ainda no Plano.

O plano partilhado pelas instituições financeiras multilaterais apresenta seis grandes objectivos: apoiar as populações vulneráveis, promover o comércio aberto, mitigar a escassez de fertilizantes, apoiar a produção de alimentos, investir em agricultura resiliente ao clima para o futuro, e apostar na coordenação para maximizar o impacto.

Por último, segue a reunião destas entidades convocada pelo Tesouro norte-americano, o equivalente ao Ministério das Finanças, a 19 de Abril, e envolve, para além do FMI, o Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), o Banco Asiático de Desenvolvimento, o Banco Europeu para a Reconstrução e Desenvolvimento, o Banco Inter-Americano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e o Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola.

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