A Associação Moçambicana dos Revendedores de Combustíveis (ARCOMOC) apela ao Governo a apresentar soluções urgentes para a actual crise que as empresas enfrentam para importar combustíveis.
Segundo o presidente da ARCOMOC, Nelson Mavimbe, que falava num podcast do Centro de Integridade Pública (CIP), algumas empresas que operam em Moçambique estão a suspender os contratos de trabalho porque já não conseguem pagar os salários. “Não estão a operar devido à falta de combustível”, declarou Mavimbe.
“Devido a este problema, há retalhistas que já não conseguem cumprir as suas obrigações e não puderam pagar os salários de Março. Outros estão a suspender contratos porque não conseguem prever quando é que esta situação vai acabar. É uma situação verdadeiramente deplorável”, acrescentou o responsável, numa publicação da AIM.
Face à gravidade da situação, a fonte sugere mais proactividade do Executivo moçambicano em resolver o dilema. “É extremamente importante que o Governo seja mais pró-activo e esteja mais consciente dos problemas do sector”, frisou.
Adicionalmente, a fonte reconheceu que a principal dificuldade prende-se com a obtenção de garantias bancárias para financiar a importação de combustíveis, devido à escassez de divisas, particularmente de dólares. Contudo, o Banco de Moçambique (BdM) anunciou há dias, o aumento da percentagem de receitas em moeda estrangeira que os exportadores devem converter em moeda nacional, passando de 30% para 50%. Todavia, esta medida não tem surtido efeitos imediatos, uma vez que a crise de combustíveis se mantém visível por todo o País.
A ARCOMOC, que representa cerca de 900 postos de abastecimento em território nacional, teme que, sem uma intervenção eficaz, o País enfrente um colapso no fornecimento de energia ao consumidor final.
(Foto DR)
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